Ínti - o deus Sol |
Confortavelmente instalado em um hotel em Purmamarca, esperando o jantar de natal, resolvi contar um pouco sobre onde eu estou entrando.
Re-editado em janeiro de 2019
Gravura espanhola do séc XVII - Imagem do Google |
Há muito tempo atrás, Intí, o Deus Sol e sua irmã e esposa Mama Quilla, Deusa Lua, resolveram criar um ser humano extraordinário para colocar ordem no mundo: Criaram Manco Capac e o enviaram aos andes com a missão de organizar tudo e comandar a todos. Simples assim...
Os herdeiros do auto proclamado filho-do-deus-sol, ou El Inca, Manco Capac trouxeram várias tribos da região a colaborar com o reino sediado em Cuzco, Seus herdeiros (o título de El Inca, o filho do sol, era dado somente ao rei), expandiram o império Inca anexando vários povos pré-colombianos sob um só comando.
A comida e a vestimenta eram assunto do estado e estavam sempre disponíveis a todos, a qualquer tempo. O filho de Pachacutec, o grande Inca Túpac Yupanqui, extendeu o Tawantinsuyu para o sul, até se encontrar com os primários e carniceiros Mapuches (onde hoje fica a região de Santiago do Chile). A parte sul foi formada com o quarto e ultimo reino, Quollasuyo (hoje sul da Bolivia).
Abaixo: Mapa aproximado e talvez exagerado do Tawantinsuyu - Imagem do Google
Os fantásticos artefatos de ouro tinham uso somente religioso, uma vez que o ouro era tido como lágrimas de Ínti, o Deus Sol. Consta que um dos templos em Cuzco tinha seu interior forrado com placas de ouro decoradas. A unidade do Império Inca era frágil, primeiro por ser vasto em extensão, se falava várias linguagens locais (o quéchua só se tornou predominante depois de Pachacútec), não desenvolveram linguagem escrita (produziam um tecido de contas, chamdo de puquí, que servia para controlar o comercio - sobraram poucos puquís e até hoje ninguém decifra aquilo). Na verdade o reino era composto por várias diferentes tribos, distantes entre si, sem língua comum e com habilidades completamente diferentes.
O neto de Pachacutec, Huayna Capac, era um ser violento e inábil, e sob seu reinado o delicado tecido que unia o Tawantinsuyu começou a se desfazar. Huayna Cápac, morre em 1526 na mão da mais terrível arma espanhola: a rubéola. Por volta de 1530 o império estava à beira de uma guerra civil, os irmãos Atahualpa e Huascár disputavam o titulo de El Inca. Eram irmãos do mesmo pai, mas não da mesma mãe, o que deu a cada um deles um conjunto de apoios completamente diferente na complexa sociedade Inca.
Mesmo após quase 500 anos de união, as várias tribos (cerca de 350) que formavam o império ainda não se entendiam (nem tinham linguagem comum) e a desconfiança mútua reinava. A briga entre os irmãos e a desunião das famílias nobres dividiu a força e a capacidade de resistência do Tawantinsuyu.
O Inca atahualpa e Francisco Pizarro:
não se engane, o selvagem é o da direta!
Os fantásticos artefatos de ouro tinham uso somente religioso, uma vez que o ouro era tido como lágrimas de Ínti, o Deus Sol. Consta que um dos templos em Cuzco tinha seu interior forrado com placas de ouro decoradas. A unidade do Império Inca era frágil, primeiro por ser vasto em extensão, se falava várias linguagens locais (o quéchua só se tornou predominante depois de Pachacútec), não desenvolveram linguagem escrita (produziam um tecido de contas, chamdo de puquí, que servia para controlar o comercio - sobraram poucos puquís e até hoje ninguém decifra aquilo). Na verdade o reino era composto por várias diferentes tribos, distantes entre si, sem língua comum e com habilidades completamente diferentes.
Mesmo após quase 500 anos de união, as várias tribos (cerca de 350) que formavam o império ainda não se entendiam (nem tinham linguagem comum) e a desconfiança mútua reinava. A briga entre os irmãos e a desunião das famílias nobres dividiu a força e a capacidade de resistência do Tawantinsuyu.
O Inca atahualpa e Francisco Pizarro: não se engane, o selvagem é o da direta! |
Vamos recordar de que a Espanha ficou cerca de seiscentos anos lutando para expulsar os mouros de seu território. Fato que conseguiram em 1492 (batalha de Granada). Portanto as pessoas que chegaram ao novo mundo eram filhos e netos de guerreiros extremamente violentos. Aquela gente que desembarcava na America era a mais formidável e hábil força militar do planeta naquela época. Seres cruéis, acostumados a passar por agruras e auxiliados por armas que não existiam na América: Cavalos, aço e germes. Tudo isto sob orientação da igreja, que não podia faltar... A motivação daqueles líderes (padres inclusive) não era conquistar ou construir, era simplesmente colocar as mãos na maior quantidade de metal possível, e a qualquer custo.
Movido puramente pela ganância, Pizarro (seus vários irmãos e seu sócio, Diego de Almagro) falhou em duas expedições nos anos de 1524 e 1526. Com apoio do Rei da Espanha ele desembarcou, pela terceira vez, no Equador em 1531 e partiu por selvas e montanhas até a região de Cajamarca, ao norte do Peru. Contava com pouco mais de cem homens e 30 cavalos contra 80.000 soldados Incas.
A esta altura, Atahualpa já tinha derrotado Huáscar, então, os espanhóis usaram com maestria a desunião e a insatisfação com o atual Inca para forjar suas alianças com os locais. Durante a exploração de Cuzco, Pizarro ficou impressionado e escreveu ao Rei Carlos I da Espanha: "Esta cidade é a maior e melhor já vista neste país ou em qualquer lugar nas Índias ... Podemos garantir sua Majestade que é tão bonita e tem belos edifícios que seriam notáveis, mesmo na Espanha".
Os Incas que não conheciam o cavalo e nem o aço ficaram horrorizados com o que enfrentaram. Não entendiam por que matavam uma parte do inimigo (soldado) e a outra parte (o cavalo) continuava viva. Em novembro de 1532 o exército de Atahualpa é derrotado na batalha de Cajamarca e por um golpe de azar o Inca Atahualpa vira refém. O resgate pedido em troca do filho do Deus Sol foi pago conforme o pedido: aproximadamente 5 metros cúbicos de ouro e dez de prata. Mesmo assim Pizarro usa um padre e a bíblia para executar o Inca Atahualpa (morte por garroteamento: extremamente lenta e dolorosa) em frente de seu exército. O recém chegado padre acusa um imperador de heresia, fim da picada...
A violência e os métodos de Pizarro geraram uma reprimenda formal pelo Rei da Espanha. Mesmo assim Pizarro escraviza o que restou de um magnífico exército e derrete em barras todas as lindas peças religiosas douradas que pôde encontrar. E se põe em marcha para mais crueldades.
Em 1533 o anti-herói Pizarro (agora casado com a filha de um líder local) invadiu Cuzco com um misto de tropas indígenas e espanholas e nomeia um Inca-fantoche, Túpac Huallpa, que em seu delírio de grandeza se auto entitula Manco Capac Segundo. Um ser fraco e exitante.
Durou pouco o noivado dos espanhois com Manco Capac Segundo. Os chefes das familias indígenas dominantes se revoltam contra os métodos barbaros dos incivilizados espanhois. Foi necessário um espanhol violentar a esposa de Manco Capac Segundo para que este iniciasse uma violenmta rebeliao. Os nativos tomam Cuzco na força, mas os lideres espanhois,entre os quais dois irmãos de Pizarro, se fortificam em duas casas na cidade. O cerco a estas casas dura meses, pricipalmente por que as flechas Incas eram inuteis contra as armaruras de aço europeu.
Para acabar com o impasse vencer esta revolta, Manco Segundo sabia que precisava atacar a vila de Lima, agora um pequeno porto construído pelos espanhois e por onde chegavam do velho mundo cada vez mais navios, tropas e aventureiros.. Em 18 de agosto de 1536 o general Inca Quizo Yupanqui ataca com cerca de 30.000 soldados ( ha quem fale em cem mil ) a cidade de Lima, reduto de 500 soldados espanhóis. Por conta de uma infeliz aliança de nobres incas e os conquistadores, Quizo Yupanqui é traído e morto no início da batalha de Cajamarca. Dias após os espanhois são resgatados de Cuzco, Manco capac segundo é morto e o desmonte do Tawantinsuyo agora é inevitável.
Os espanhóis logo perceberam que não encontravam as minhas de ouro, o metal que os Incas usaram veio de aluviões que agora estavam esgotados. Mas para manter a ganância acesa eles descobriram as minas de Porco (hoje oeste da Bolivia) onde havia alguma prata, estanho e chumbo. Os indios de Porco eram experts em fundir e separar metais, ensinaram tudo aos espanhóis que tal qual os portugueses, não entendiam nada de mineração. Isto foi por volta de 1538.
Após a derrota em Cajamarca, o então chefe, Manco Inca, decide se embrenhar com o que restou de sua população e de seu exército em um lugar inacessível: A parte leste da cordilheira, ocupada pela impenetrável floresta amazônica e que passa a maior parte do tempo sob espessa neblina. Manco Inca Funda a cidade de Vilcabamba que estava localizada a aprox. 500km a norte de Cuzco.
Esta sim é a verdadeira cidade perdida Inca. Reza outra lenda de que Manco Inca levou consigo para Vilcabamba as múmias de seus antecessores e suas esposas (Pachacutec inclusive), nunca mais se soube delas. Após sua total destruição pelos espanhóis, sua localização se perdeu e este mistério foi sendo resolvido aos poucos. Foi redescoberta em 1892 por exploradores peruanos, que a chamaram de Espíritu Pampa. Higham Bingham esteve lá em 1911, mas não deu valor ao lugar porque acreditava que Machu Picchu (descoberta por ele) era a verdadeira Villcabamba. E assim todos acreditaram...
Em 1976 um grupo que já estudava o lugar comparou documentos espanhóis (eles anotavam absolutamente tudo e em detalhes) com os levantamentos arqueológicos e chegaram a conclusão de que Espiritu Pampa é o que restou de última capital Inca.
Aqui cabe uma explicação muito importante. O Inca era nomeado entre as familias dominantes. No momento de sua acensão como líder ele e sua família perdiam todoa sua riquesa, cabendo ao novo Inca anexar mais territorios e tribos e fazer crescer sua fortuna. Esta fortuna seria sua enquanto ele existisse... existisse vivo ou morto.... Então um rei morto e mumificado continuava a existir!!! Este é o motivo pela qual as familias mantinham as mumias de seus antepassados: Sem a mumia, nada de riquesa nem de loco na sociedade.
Ao Lado. Mumia Inca exposta no museu Mannheim Reiss-Engelhorn em setembro de 2007. Foto Getty image
Se as coisas estavam extremamente mal para os Incas, também não estavam bem entre os conquistadores. Como a única motivação para aquele projeto era a conquista de riquezas fáceis, o relacionamento entre os espanhois era violento e sem regras. Os aventureiros não encontravam mais ouro, mas clamavam para si várias áreas e vilas. Por sua vez os padres abriram mão do ouro mas se declararam donos das almas dos índios... Donos das almas e do trabalho que os indios precisavam prestar diariamente!! O padres cobravam pelo trabalho, os rudes espanhois discordavam entre si e a estrutura de produção e o tecido social Inca foi se desfazendo rapidamente.
Como vimos no capítulo “Entrando em Nova Toledo”, Diego de Almagro partiu para conquistar o que hoje é ocupado pelo Chile, foi colossalmente derrotado pelo trio Altiplano, Puna e Ínti e depois de muitas perdas resolve voltar à Cuzco em 1537. Péssima noticia.
Qual sua surpresade Almagro ao saber que os irmãos Gonzalo e Hernan Pizarro controlavam a cidade. Almagro não tinha mais qualquer crédito por ter sido o principal sócio de Pizarro na conquista do Peru, então decidiu reivindicar a sua parte do butim. Almagro tomou Cuzco, capturando Hernan Pizarro que foi libertado apos um acordo com Francisco Pizarro. A coisa não ficou assim, em 1538, Hernan, Gonzalo e Francisco Pizarro retomam a cidade na batalha de Las Salinas.
Acima: O que restou de Vilcabamba, fundada em 1539, destruida em 1572, reencontrada somente em 1892.- Foto Google |
O violento Francisco Pizarro manda enforcar seu sócio, Diego de Almagro, pouco tempo depois, em 1541, é a vez de Pizarro ser assassinado pelo filho de Almagro (facada nas costas, um fim digno para este facínora!!!), Os assassinos de Pizarro, para fugir da forca, se refugiaram no único lugar que os espanhóis não acançavam: Vilcabamba.
Em Vilcabamba por conta de uma desavença banal, Diego de Almagro II mata Manco Inca e os poucos brancos na vila foram trucidados pelos nativos, isto foi em 1544. O espanhóis então decidem se embrenhar na terrível selva para caçar os últimos incas e liquidar o assunto, capturam aluns índios mas não terminam com a cidade.
Doze tristes anos após a morte de Atahualpa, Francisco Pizarro, Diego de Almagro e seu filho estão mortos, Hernán Pizarro esta preso na Espanha por conta do episodio em Cuzco e Gonzalo Pizarro retorna de seu fracasso na floresta Amazônica (uma historia inacreditável! Leia o capitulo “Em busca do El Dorado”). Na falta do que fazer, Gonzalo Pizarro decide levantar um motim contra o vice rei local, acabou executado por traição e pela crueldade de toda a sua obra.
Esgotado o ouro e fonte de uma coleção de problemas, o interesse da coroa pelo que restou do Tawantinsuyu era mínimo. Eis que o pior acontece. Por volta de 1555 um pastor de Llamas da região de Porco descobre a colossal mina de prata em Potosi (vamos explicar melhor isto em um outro capítulo). A riqueza era quase infinita (o lugar ainda é explorado no século XXI) e para extrair-la do solo começou o mais cruel capítulo de escravização e extermínio dos indígenas em todo este continente.
A vila de Vilcabamba crescia, agora estava lotada de índios fugindo da tirania e escravidão de Potosi. Acontece então uma grande novidade, surge um novo Inca, Tupác Amaru, e a notícia corre pelo Vice reinado.
A coisa vai em paz até que no final de 1570, Tupác Amaru mata dois emissários do rei, que considerava espiões. A nova oligarquia, agora filha de europeus, teme por uma insurreição indígena. Então, na semana santa de 1571, Don Francisco Toledo, declara guerra a Vilcabamba e ao último verdadeiro Inca.
O vice rei suborna dois índios locais que levam as tropas até a cidade escondida. Após a derrota de seu pequeno exercito, Tupác Amaru foge pela floresta com sua esposa, grávida. Ela não sabia que estava carregando mato adentro o último rei descendente de um grade povo. O último imperador Inca é capturado e levado até Cuzco. Parte da oligarquia espanhola queria que que o Inca fosse enviado à espanha e lá julgado por traição. O fato é que D. Francisco de Toledo ordena a decapitação do jovem Inca, o que ocorre na frente da nova catedral.
A última capital Inca, Vilcabamba, é completamente destruída em 1576, terminando ali o último resquicio do grande império Inca.
Acima: Uma rara representação de Tupac Amaru feita no século XVII. Hoje são comum as imagens do último inca posando de heroi salvador da patria. - Imagem Google |
No momento da execução acontece algo muito importante. Reza a lenda de que antes de sua degola, Tupác Amaru esbravejou que seu sangue escorrerá para a terra e ficará esperando seu retorno. Desta terrível declaração surge a lenda de que um dia seu corpo se reunirá à sua cabeça, ele ressuscitará e trará a vingança de seu povo contra os conquistadores.
Daí é que vem o mito da retomada do poder indígena sobre os povos brancos, retornando todos os indígenas à grandeza de tempos passados. Este mito foi muito explorado por políticos nos séculos XX e XXI se transformando em uma plataforma indigenista e socialista totalmente tresloucada.
O que é mais triste ainda é o nome de Tupác Amaru ter sido convertido para “Tupamaro” e usado por um grupo de guerrilheiros retardados em um país que nunca viu um habitante do Tawantinsuyu!!!
Acima: Versão romantica e heróica de Tupác AmaruNasce aqui a lenda do retorno do líder indígena e dos tempos de glória! - Imagem do Google |
Como vimos, os Incas não tinham linguagem escrita. Uma das principais fontes para montar a história deste império foram os próprios espanhóis. Havia toda uma sorte de funcionários públicos enviados ao novo reino, e estes, na total falta do que fazer, gastavam seu tempo preenchendo relatos detalhadíssimos de tudo o que viam, e encaminhavam a papelada de volta à corte, onde depois tudo foi meticulosamente arquivado na Biblioteca Nacional da Espanha, (Madrid, fundada por Dom Filipe V em 1712 como Biblioteca Pública do Palácio).
Acima: Paginas do livro de Felipe Guamán Poma de Ayala mostra um indecifrável Puqui. - Imagem do Google |
A maior e mais importante fonte da história deste povo vem da colossal obra de outro mestiço peruano Don Garcilaso de la Vega (1539-1616). Este publicou em 1609 sua grande narrativa, Comentarios reales de los Incas. A obra foi escrita a partir de suas próprias recordações de narrativas orais, e de visitas a personagens importantes do vice-reino do Peru. Este relato constitui, apesar dos problemas com suas fontes orais e a muitas incongruências de datas, a tentativa mais importante de preservar a memória e as tradições da grande civilização andina.
O fantástico é que nesta obra ele relata que, em seu caminho de volta à Espanha, ele visita um corregedor espanhol chamado Don Pólo de Ondegardo, e este tinha em seu poder cinco múmias reais Incas (segundo o texto: Inca Viracocha; Túpac Yupanqui; Huayna Capac; Mama Ruth e Mama Ocllo), todas em perfeito estado de conservação, com vestimentas e jóias. Hoje não se sabe mais do paradeiro destas múmias.
Amanha eu entro no Império do Deus Sol pela porta dos fundos. A região que fica ao sul-leste do lago Titicaca, que agora é chamada (erroneamente) de deserto do Atacama, e pertence à Bolivia e Argentina, tinha pouca ou nenhuma utilidade ao Tawantinsuyu. Conheciam e ignoraram os primários e carniceiros Mapuches (onde hoje fica o sul do Chile) e não deram nenhum valor aos planaltos a sul e leste do lago Titicaca.
Os Incas não eram experts em deserto (embora seus sacerdotes subiam os altos vulcões bem ao sul para sacrifícios religiosos), eles realmente brilharam nas altas regiões de densa floresta onde hoje fica o Peru e o Equador e eram ótimos na pesca no oceano Pacífico. Aquele magnífico povo só se viu obrigado a entrar no inferno amazônico para fugir dos espanhóis e retardar seu próprio extermínio.
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