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Dormir em uma casa de familia é completamente diferente!
Pássaros cantando e cachorro latindo, uma briza que entrava pela janela... Foi gostoso! Melhor ainda foi tomar café conversando com gente do bem, com La Señora Victorina e seu filho, o simpatissísimo Franco. Conversamos bastante sobre a Argenina, o nuevo presidente, o trabalho deles para a municipalidade. Por aqui o estado ainda é o grande empregador e com o corte dos gastos do presidente Macri a coisa toda parou..
O café da manha foi saboroso, com queso de cabras e hierba mate. Fui tratado como filho deles...
Iniciei esta fácil etapa eram 10:15 e 24°C. Muita calma neste dia, um percurso curto e fácil. Não abasteci na saída da cidade, só recalibrei os pneus. Chequei tudo na Rocinante e segui para Jachal pela mesma RN 150.
Acima:O lago em Rodeo (11:30, Alt.:1.540m 28°C)
Abaixo: Começa o trecho péssimo da RN150. Uma estradinha dos diabos!
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Acima: Eta caminho ruim! Imagine isto à noite depois de um dia cansativo!!!
Abaixo: participando da fila para gasolina em Jachal (12:35, Alt.:1.180m 34°C)
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Acima: Este é o rio Huaco, que forma o importante e fértil vale onde fica S J de Jachal.
Abaixo: é fertil mesmo! Agricultura de qualidade neste fim de mundo seco e árido.
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Cerca de 45km após Las Flores eu passei por Jachal.
Encontrei uma loja de material elétrico e montei uma tomada de energia para o compressor de ar. Fui ao posto de gasolina encher o tanque.
Saindo de Jachal, ao invés de seguir o caminho de ontem, resolvi arriscar e explorar a pequena estrada que passa por cima da Cuesta de Huaco. Este pequeno trecho fez parte da RN 40 até o ano de 1979, quando foi construído o trecho que passa a leste de Huaco. Vejam as fotos, foi uma ótima surpresa, o caminho é lindo e seguro!
A estradinha (hoje de chama RP49) passa pelo canion rasgado pelo pequeno rio Huaco e encontra a RN40 fora da vila. Ali estrada segue para o norte e vai por um imenso vale, altitude média de 1.100m, com aquela vegetação tipica do deserto Argentino: solo arenoso, pequenos arbustos com folhas muito enceradas e sem nenhuma gramínea. Sin Ratones e Sin Culebras. (vide post dia 25-12-2010).
Acima: Uma reta sem fim com uns tobogans traiçoeiros e os chatos Badenes. A esquerda o bloco principal da cordilheira. (14:30, Alt.:1.030m 36°C) |
A estrada é monótona e extremamente perigosa!! Apesar de ser uma reta, o piso oscila demais com uns verdadeiros tobogans! O asfalto é bom, mas estreito e ha vários pontos onde a areia invade totalmente a pista. Isso sem, contar alguns lugares por onde passa água (nas chuvas) e a estrada praticamente desaparece.
Chamam estas passagens de Badenes. Depois do terceiro susto eu passei a andar a exatos 80km/h. A média do trecho foi de 65kmh. Antes de chegar na próxima vila, os rios estavam cheios e a estrada passava por baixo deles, os primeiros dois Badenes foram engraçados... Depois ficou chato ter que reduzir para passar pela água. A Rocinante está uma lama só!
Acima: É divertido não é??? Depois de passar por uns cinco ou seis destes a coisa perde a graça... |
A reta absoluta com emoções inesperadas e sem nenhum animal segue até a vila de Guandacol. Ali ha um ótimo posto de gasolina, uma estátua de um herói local e um trevo. Não vi nenhuma casa...
Acima: Chegando em Guandacol, eram 14:50, 36°C. |
Em Guandacol (alt.: 1.045m) a estrada vira 90 graus para leste e segue por mais um grande vale. A visão do vale com as altas montanhas no fundo é impressionante! Dificil não ficar embasbacado pelas montanhas e prestar atenção na traiçoeira reta.
Logo chego no vale onde fica Villa Unión, de onde ha a saída para o Paso Pircas Negras (vide 5 de maio de 2014 - Pasos Andinos). Este vale é formado pelo Rio Bermejo, que estava cheio! E adivinhe: a estrada passa por baixo do rio!!! Passar pelo Bermejo foi arriscado, o rio tinha muita água, correnteza forte e passei por ele em três pontos.
Saindo do vale se sobe a 1.300m, foram 35km em uma vastidão impressionante e com solo ainda mais desértico.
Após Villa Unión eu passei por maravilhosas formações em rocha vermelha.
Acima e abaixo: a novíssima estrada - parte da RN40 - na cuesta de Miranda.
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A estrada segue pelo deserto arenoso, subindo até um lugar chamado Puerto Alegre, (alt.: 1.460m) e ingressa no último desafio do dia: cruzar as montanhas da Cuesta de Miranda. A estrada sobe até 2.450m por um estreito e sinuoso caminho pavimentado. A partir dali o programa foi se embrenhar na Cuesta pelo novíssimo trecho da RN40, absolutamente impecável. A estradinha por aqui estava sem nenhuma reforma desde que foi inaugurada, em 1928! Nos ultimos dois anos aconteceu ums reformatotal, com pavimentação e o resultado é europeu!
Andei realmente devagar, eu tinha tempo de sobra.
A estrada sobe até 2.430m para descer até 940m. Tenho que admitir que o lugar é legal e passar por ali em rípio teria sido muito, mas muito chato!
Abaixo: A cuesta de Miranda desce para o vale de Nonogasta, ao fundo a Cuesta de Rioja (16:05 Alt.: 2.300m, 28°C)
Acima: Entrando em Nonogasta, de lá até Chilecito o céu se fechou, ficou abafado e a estrada de pista dupla é chata.
Na descida para Nonogasta comecei a ver o vale e a gigantesca Cuesta de La Rioja (uma pré cordilheira, sempre paralela ao bloco principal), Não imaginei que fosse tão grande e alta! Linda a paisagem do vale com aquela Cuesta. A serra por onde eu estava passando é a parte sul do bloco que forma a grande Cuesta de Famantina, onde fica o pico General Belgrano (alt.: 6.097m) um pouco a norte.
Só uma pausa: General Manuel Belgrano (que apesar do título, não era militar) é um dos grandes heróis nacionais, derrotou os espanhóis na batalha de Salta. Desenhou e empunhou pela primeira vez a bandeira Argentina. Morreu cedo, de sífilis...
A estrada desce até o trevo da antiga estação de trem em Nonogasta, para o sul a estrada leva de volta a Patquía. Ali eu segui a RN40 para norte em direção ao grande conjunto de montanhas de Famantina. Foram 15km de pista dupla (feio, parecido com a via Dutra) nos quais eu andei muito devagar totalmente aborrecido porque o cerro Gen. Belgrano estava coberto por muitas nuvens... pena.
Acima: Chegando em Nonogasta, ao fundo a monumental Cuesta de La Rioja, eu não esperava que aquela pré cordilheira fosse tão alta e tão impressionante! |
Foi fácil encontrar meu hotel que fica fora da simpática e organizada cidade. Eu estava calmo, ligeiramente cansado por conta da noite mal dormida. A cobertura de nuvens deixou tudo abafado e sem a alegria de ver o topo da serra de Famantina.
Fiz o check inn na pousada minimalista eram 17:35, demorou segundos para descobrir que a internet não funcionava... Larguei as coisas sobre a cama e fui arrumar a moto.
Abaixo: Fim do dia em Chilecito, foto tirada da Fundición Santa Florentina.Ao fundo a Cuesta de la Rioja.
Saí do hotel eram 18:30 e fui visitar a grande atração local, um dos motivos da riqueza do lugar, riqueza de terminou em 1926...
Leia o Post de amanha, sobre o Cablecarril!!!
“One’s destination is never a
place, but a
new way of seeing things.” - Henry Miller
Etapa de hoje: 373,8 km
Tempo andando: 05:56
Tempo total: 08:12
Distância acumulada: 2.777 km
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