domingo, 5 de novembro de 2017

O roteiro esta pronto!!!


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Quem acompanha o Blog sabe que meus planos eram ir ao sul, uma das duas partes que estão faltando no projeto de cobrir a cordilheira.

Trabalhei bastante para montar um roteiro para a Patagonia. Cheguei então o caminho em dois trechos com uma linha divisória em Puerto Madryn. Gostei muito do resultado! Eu ja estava até buscando os hotéis e resolvendo as burocracias.

Mas durante as noites, lá pelo meio das madrugadas frias de setembro e oububro, algumas vozes me acordavam. Eram Ínti e la Puna me chamando de volta para resolver assuntos mal acabados na viagem de março.

Sonhava com a aridez,  com o silencio, a altitude, as estradas precárias, as cidades valentes e toda a alegria de passar por toda aquela dificuldade. E as vozes me acordavam à noite: "Você tem assuntos mal resolvidos nos desertos de Salta e Jujuy".




A RP33 proxima a Salta, repare as montanhas altas com vegetação, coisa raríssima naquele pedaço de mundo!!! (março de 2017)






























Como ensaio, e para acalmar as vozes noturnas, gastei algumas madrugadas montando uma planilha com um roteiro que cobrisse o que eu não consegui fazer em março naquela primeira etapa ao nada (vide post 15 fevereiro 2017).O motivo do fracasso foi o clima. Chuva em uma época quen deveria ter sido quase seca... Ah.. Verdade, muitos dizem que no atacama nunca chove...























































Nunca chove no Atacama???  E esta água vem de onde??? RN40 ao norte de San Antonio de los Cobres, ali a estrada sempre passa por baixo da água. (março de 2017)


Fiquei apreensivo, a melhor época seria no final de outubro, dias muito frios, muito céu azul e sem chuvas. Como já vimos, eu não gosto de calor e as chuvas arruínam meus projetos, então os meses de dezembro e janeiro estão fora de cogitação. Na segunda quinzena de novembro o clima começa a piorar, trazendo as tempestades de dezembro.

Durante as madrugadas frias de setembro considerei algumas alternativas. Como estou sem dinheiro para uma etapa ao Peru, foquei no que eu não consegui fazer na região de Salta e Jujuy durante a viagem de março. 

 A janela é mesmo novembro, e já estávamos em meados de outubro e muita coisa tinha que ser preparada, principalmente cuidar da Sra. Rocinante. E eu tinha um trabalho que se encerrava dia 9 de novembro...

Eu já tinha quase todas as peças necessárias para uma manutenção bem profunda na motocicleta, mas depender de mão de obra é sempre uma incerteza. Ela entrou na oficina dia 9 de outubro. Só saiu no dia 30 por causa de muito esforço e dedicação do queridíssimo Daniel Basconcello (somente 40 anos trabalhando com BMW...). Dias 2 e 3 de novembro andei bastante com ela para ver se nada enguiçava: Não se deve tirar NADA da manutenção e colocar em um projeto tão difícil sem testes. 





Acima: Eu me assustei quando vi a Rocinante neste estado!!

Abaixo: Nada como amigos, Daniel, Guilherme (outro andinista)e a Rocinante quase pronta....  (28 de outubro 2017)

































































Além de cuidar da moto, cuidei de mim mesmo: regime e academia, para ter folego para  altitude e força para levantar a Rocinante só com a ajuda do vento...

Vamos então voltar à um lugar especial. O lugar se chama Puna Jujeña, que os novatos chamam de Atacama.

Mais uma vez a pergunta que meus amigos fazem: O que tem lá pra fazer???  A resposta é NADA!!!

Para tentar entender esta minha mania de ir ao nada, vale a pena ler o post de 15 de fevereiro onde explico o por que eu adoro ir onde ninguém vai. E para quem entra agora nesta história, vale ler o que é o Atacama.




Acima: A RN40 ao norte de Cachi, aquelas nuvens, onde nunca chove, arruinaram a estrada e meu roteiro. Beeeem la no fundo, naquelas montanhas nevadas oa norte fica o Nevado de Acay.(março de 2017)


Abaixo: A RP33 em Cachimpampa, entrando o colossal vale  a 3.400m de altitude, ao fundo o bloco principal da cordilheira. O clima não deveria ter sido assim naquele março de 2017.










Então, faço minhas as palavras do magnífico Niel Armstrong:



 “ Why are we going? Because it´s there!!!”








Acima: A RN40 ao leste de susques. A esquerda fica o Salar Grande e beem la no fundo chove! 3.450m de altitude, 9 graus celsius, este lugar é o nada...(março de 2017)

Então vamos de volta ao nada!!!  Você me acompanha mais uma vez?