domingo, 26 de fevereiro de 2017

Voltado a um lugar conhecido




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A noite foi calma e longa, muito barulho do bairro e dos adolescentes no jardim.

Acordei as sete e pulei da cama: não havia nenhuma nuvem no céu!!!

Nem precisa adivinhar... o café da manha foi paupérrimo apesar do carinho da dona do lugar. Eu bem que tentei, mas não consegui "tomar emprestado" nenhum quitute do café da manha.

Operação varzea: a ridícula carga extra na moto...  para quem faz cara feia,  eu digo que sou Argentino..


Me arrumei rapidamente e fui correndo subir a mineria  e o cablecarril. O Exmo. Sr. General Belgrano estava em traje de gala: coberto de neve!!! (leiam o post " teleférico ao nada")

Adorei o passeio  e logo que desci rumo à cidade as nuvens começaram  a cobrir a cuesta de Famantina.

A etapa começou as  10:15 e a temperatura era de  18°C, ainda...  Sair de Chilecito é chato, a La Cuarenta não atravessa a cidade, ela se funde com as estreitas ruas no sentido norte/sul. Ha uma avenida perimetral, longa, nova e deserta. Resolvi seguir pelo centro da cidade, onde parei para abastecer (exatos 10 litros que eu precisaria até o próximo e manjado posto). 






O limite norte da cidade fica na ponte sobre o rio Sarmiento. Segui pela RN40 para o norte e a minha esquerda se levantou a Cuesta de Famantina. Logo a cuesta se interrompe para a passagem do Arroyo Capayan, que se for seguido para Oeste leva à vila dos ferozes Famantinos. Ha uma caminho por ali que me pouparia cerca de 80km, mas ha um trecho muito abandonado de 35km em ripioEste trecho faz parte da original RN40. Mais uma vez resolvi guardar a sorte e as sete vidas para os próximos dias. Segui pelo caminho mais longo e muito bem asfaltado.


Acima: saindo pela RN40 com a Cuesta de La Rioja ao fundo.  

Abaixo: O caminho segue para o norte por entre duas monumentais Cuestas, Famantina e La Rioja. Eu não esperava que o lugar fosse tão magnífico.(10:20, alt.:1.080m, 24°C)


Acima e abaixo:Logo antes da entrada para Famantina e abaixo o rio Capayan







O limite norte da cidade fica na ponte sobre o rio Sarmiento.  Segui pela RN40 para o norte e a minha esquerda se levanta a Cuesta de Famantina, à direita a colossal Cuesta de La Rioja. Logo a cuesta se interrompe para a passagem do Arroyo Capayan, que se for seguido para Oeste leva à vila dos ferozes Famantinos. Ha uma caminho por ali (outro trecho original da Cuarenta) que me pouparia cerca de 80km, mas ha um trecho muito abandonado de 25km em ripio. Mais uma vez resolvi guardar a sorte e as sete vidas para os próximos dias. Segui pelo caminho mais longo e muito bem asfaltado.










A estrada segue para o norte, cerca de 90km depois vira para nordeste até encontrar o vale do rio Los Sauces e seguiu norte até encontrar a RN60. Este rio criou uma vale muito fertil e extensamente cultivado, principalmente por vinhas e oliveiras. Passei por vilas e haciendas e o caminho é um prazer, apesar de Intí brilhando e levando tudo a 29°C.



Acima: A longa descida para o Vale do Sauces. 

Acima: a descida e o lindo vale do rio Sauces. Uvas e oliveiras, Muito bonito, organizado e próspero! 

Abaixo: parada pra água y manzanas logo antes de encontrar a RN60(11:40, alt.:940m, 31°C)



A Carretera Panamericana  se interrompe em um estroncamento com a RN60. Já conhecemos a RN60! É a estrada que vem de Fiambalá, passamos por ali em 3 de janeiro de 2012.

O plano era voltar a um dos lugares e uma das estradas que mais me impressionaram por todas minhas vadiagens Andinas.

Na RN60 virei para oeste (esquerda né...), exatos cinco km depois a RN40 recomeça para o norte, sentido Bolivia (somente 950km até a fronteira, moleza!). Segui para oeste sentido Fiambalá.

Naquele 3 de janeiro de 2012, eu saí de Fiambalá sentido Cordoba, ou seja para o sul. Portanto deixei nas minhas costas o que agora eu via pela frente: o imenso vale onde fica Fiambala, com a Cuesta de Zapalla à direita (com seus picos de 3.700m) e o bloco central da cordilheira à minha esquerda e ao fundo. Impressionante!!! 

Acima: o fim da ferrovia acabou com muitas vilas por onde hoje passa a RN60.Foto proxima a Tinogasta. (12:20, alt.:1.280m, 30°C) 


Abaixo: isto sim é deserto!  A entrada do vale, com a serra de Zapala à esquerda, onde ha picos de 4.500m (14:17, alt.:1.460m, 33°C) 



Entrei em Fiambalá eram 14:00 (alt.:1.515; 34°C ) e parei imediatamente no já conhecido posto de gasolina. Os frentistas me orientaram quanto à compra de pesos em um caixa automático e me alertaram sobre muita chuvae muito frio nas partes altas: Má noticia...

Fiambalá é um ponto turistico, existem algumas pousadas mas tudo sem nenhuma sofisticação. Andei pela vila em busca de um comedor, o que encontrei estava lotado e os pratos que passavam eram horrendos.

Voltei ao posto para abastecer e para almoçar no novo e ampliado boteco do conhecido Señor Fernando

Por sinal, no boteco do gentilíssimo senhor se fazem excelentes sandubas de pão de miga com Queso & Jamón. Levei alguns, junto de nutritivas batatinhas fritas e barrinhas de cereal. Nos proximos dois dias não haverá nenhum lugar para pedir comida. 

Eu ja tinha o plano todo pronto e havia um problema sério: Autonomia.



Acima: o conehecido porto de gasolina (onde abasteci com 58 litros) e o bar do gentil Sr. Fernando. 

Nos próximos dois dias eu vou andar 810km sem nada de posto de gasolina (o mesmo de São Paulo até o porto de tubarão em Santa Catarina). Daí a presença do ridículo reservatório vermelho de 25l. Com a Rocinante carregada a autonomia de segurança é de 490km, e acima de 3.500m a moça bebe muito menos, mas havia sobra no calculo que eu fiz...  Sobrava, mas não muito... Sobravam umas centenas de metros...

Abaixo: O começo da maravilhosa subida para o Paso San Francisco, caminho ao Chile.


Acima e abaixo, a quarta vez por este caminho, sem duvida uma das mais lindas
e impressionantes por todos os Andes, esta estrada sai de Fiambalá e sobe 
até 4.670m no Paso San Francisco. (15:50, alt.:3.000m Aprox , 21°C) 














































Saí de Fiambalá eram 15:00. A temperatura ainda era de 29°C com um forte vento sul.  Segui para a última etapa como quem conhecia bem o trecho (vide post "começando o ano" - 2 jan 2012 e assista o vídeo). Estava de volta à estrada quase perfeita. Desta vez com 43kg de gasolina... 24kg no tanque e 19kg no reservatorio!!!

Acima: Na subida rumo ao chile pelo vale do Chaschuil.  As montanhas nevadas ao fundo se chamam Las Lozas.



A subida foi linda e sem sustos, somente 94km até chegar ao destino. A altitude foi subindo e a temperatura baixando, conforme o esperado. O final de tarde estava colorido e muito bonito. Cheguei ao hotel eram  17:30  da tarde e faziam 10,5°C no sol acolhedor. 



Acima: Nunca chove no Atacama???  Esta é a estrada inundada pelas chuvas torrenciais de março....













Segui pelo acesso esburacado de pedras soltas com cuidado e parei beeem em frente da escadaria principal do Hotel Cortaderas!!!  Sim o mesmo lugar assombrado com adolescentes morto-vivos por onde passei na noite chuvosa de 31 de dez de 2011!! (vide post "começando o ano" - 2 jan 2012)



Acima: A escolha das cores não foi muito feliz, a imponente escada termina no nada. Jardins? Nem pensar!!!



Acima: Finalmente entrando para ficar neste hotel. Foi dificilimo encontrar o responsavel pelas reservas e conseguir um orçamento. 

Abaixo: o amplo e gelado restaurante e concierge, que também é a casa de um enorme e peludo cachorro preto!  
























O lugar foi construído pelo governo da provincia para fomentar o turismo. E  é administrado pela secretaria de turismo local. Resumindo: a gestão é caótica!! O hotel funciona poucos meses no ano e não ha um sistema de reservas, mandei emails e mensagens de facebook a uma duzia de pessoas, semanas depois recebi uma mensagem tipo: " pode vir, traga dinheiro".

A construção é simples, o arquiteto bem que tentou imprimir um quê de Art Decó à fachada, mas algum outro artista pintou o hotel de verde pistache com a monumental fachada em cor de goiabada Cica.  A recepção é tal qual o deserto: ampla, minimalista e fria. O atendimento foi amigável e sem nenhuma frescura. Como em todo o hotel-fim-de-mundo que eu estive, os funcionários estão lá para não serem incomodados...  o tamanha do staff impressiona: só há DUAS pessoas!!!

Este é o legítimo hotel "O Iluminado" !!! Andei por enormes corredores vazios, passei por bares desertos que nunca foram usados, por salas de tv que nunca foram ligadas até chegar a um quarto muito bom, enorme, 
com um chuveiro caliente e uma cama convidativa!  Os moveis são modernos, a roupa de cama excelente e tudo com cara de que nunca foi usado.

Detalhe, todas as portas de saída e todas as janelas estão lacradas com fita adesiva para não serem abertas e não deixarem a poeira entrar!!   Logo rasquei as fitas e abri a minúscula janela para deixar o ar gelado e seco desintoxicar o lugar. Quase trouxe a Rocinante para aproveitar do conforto!


Abaixo: Tudo é amplo, gelado e vazio...  Duvido que alguem um dia usou este bar, que fica no longo caminho para o meu quarto. Do restaurante até minha cama eram 185 metros de solidão!!!




















Malas abertas, banho (há uma janela de horario com agua quente), roupa aconchegante e mais uma vez a longa caminhada até o restaurante. Fiquei tentando atualizar o blog e avisar as pessoas importantes de que eu estava bem.  Pra variar a  net aqui é uma catástrofe

Eu  vi um grupo de turistas na mesa ao lado comendo pratos fartos e saborosos, fiquei entusiasmado!  Quando o adolescente veio me atender unformou que só havia batata frita, pollo ou milanesa ( a versão andina do nosso Bife a milanesa, só que não é crocante nem saboroso). Imediatamente apontei para o jantar da mesa vizinha e o guri laconicamente me disse que aquela empresa de turismo traz sua propria comida!!! Andei muito pelo mundo e nunca vi algo assim!!!

Después do jantar (um dia eu conto tudo de inacreditável que aconteceu neste hotel psicodélico...) eu fiquei montando alternativas para o roteiro caso o próximo trecho esteja muito frio e com chuva. 

Saí para o pateo para sentir o lugar. A noite esta fechada com pesadas nuvens e a temperatura caiu muito. Eu sabia que o dia iria amanhecer lindo no dia seguinte.

Amanha algumas das malas ficarão neste hotel. Então tenho que re arrumar tudo, separando o que vai e o que fica...

Deitei na cama cedo, demorei para dormir por conta da ansiedade, eu passei coisa de 4 anos planejando o dia de amanha!!!


Abaixo: A vista fantástica da minúscula janela no meu quarto.(18:20, alt.:3.370m , 12°C) 






































Acima: o trajeto de hoje poderia ter sido encurtado usando a RP11, que é o traçado original da RN40. mas eu não quiz arriscar 35k de rípio por onde não passa ninguém. o trecho foi parcialmente pavimentado em 2018.






Keep close to Nature's heart... 
break clear away, once in awhile, and climb a mountain or spend a week in the woods. Wash your spirit clean. John Muir










                            Etapa de hoje:  355,9 km
Tempo andando: 04:20
Tempo total: 9:08
Distância acumulada: 3.125 km

Chilecito: Vamos para a sombra do General.


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Dormir em uma casa de familia é completamente diferente!

Pássaros cantando e cachorro latindo, uma briza que entrava pela janela...  Foi gostoso! Melhor ainda foi tomar café conversando com gente do bem, com La Señora Victorina e seu filho, o simpatissísimo Franco. Conversamos bastante sobre a Argenina, o nuevo presidente, o trabalho deles para a municipalidade. Por aqui o estado ainda é o grande empregador e com o corte dos gastos do presidente Macri a coisa toda parou..

O café da manha foi saboroso, com queso de cabras e hierba mate. Fui tratado como filho deles...

Iniciei esta fácil etapa eram 10:15 e 24°C. Muita calma neste dia, um percurso curto e fácil. Não abasteci na saída da cidade, só recalibrei os pneus. Chequei tudo na Rocinante e segui para Jachal pela mesma RN 150. 



Acima:O lago em Rodeo  (11:30, Alt.:1.540m 28°C) 
 
Abaixo: Começa o trecho péssimo da RN150. Uma estradinha dos diabos!


Acima:  Eta caminho ruim! Imagine isto à noite depois de um dia cansativo!!!   
      
Abaixo: participando da fila para gasolina em Jachal (12:35, Alt.:1.180m 34°C)


Acima:  Este é o rio Huaco, que forma o importante e fértil vale onde fica S J de Jachal.



Abaixo: é fertil mesmo!  Agricultura de qualidade neste fim de mundo seco e árido. 





Acima:  A ultra simpática serrinha entre Jachal e Huaco. Este caminho fez parte da antiga RN 40 até ser substituído pelo trecho em que passamos dia 23 de fevereiro.

Abaixo:cruzando a serrinha, a antiga RN40, se entra de novo no vale ultra quente e desértico pelo qual passei no dia 23 de fevereiro.
La no fundo as montanhas por onde desci vindo do parque nacional.





Acima:  Este casal de Belgas estava rodando pela América ha 90 dias. Não tinham planos  de onde ir nem quando chegar. Estavam com  seu próprio carro, placa belga. Sem Gps e armados com mapas enormes e precários. Curioso isto...










































Cerca de 45km após Las Flores eu passei por Jachal.
Encontrei uma loja de material elétrico e montei uma tomada de energia para o compressor de ar. Fui ao posto de gasolina encher o tanque.

Saindo de Jachal, ao invés de seguir o caminho  de ontem, resolvi arriscar e explorar a pequena estrada que passa por cima da Cuesta de Huaco. Este pequeno trecho fez parte da RN 40 até o ano de 1979, quando foi construído o trecho que passa a leste de Huaco. Vejam as fotos, foi uma ótima surpresa, o caminho é lindo e seguro!  

A estradinha (hoje de chama RP49) passa pelo canion rasgado pelo pequeno rio Huaco e encontra a RN40 fora da vila. Ali  estrada segue para o norte e vai por um imenso vale, altitude média de 1.100m, com aquela vegetação tipica do deserto Argentino: solo arenoso, pequenos arbustos com folhas muito enceradas e sem nenhuma gramínea. Sin Ratones e Sin Culebras. (vide post dia 25-12-2010).




Acima:  Uma reta sem fim com uns tobogans traiçoeiros e os chatos Badenes. A esquerda o bloco principal da cordilheira. (14:30, Alt.:1.030m 36°C)











A estrada é  monótona e extremamente perigosa!! Apesar de ser uma reta, o piso oscila demais com uns verdadeiros tobogans!  O asfalto é bom,  mas estreito e ha vários pontos onde a areia invade totalmente a pista. Isso sem, contar alguns lugares por onde passa água (nas chuvas) e a estrada praticamente desaparece. 


Chamam estas passagens de Badenes. Depois do terceiro susto eu passei a andar a exatos 80km/h. A média do trecho foi de 65kmh. Antes de chegar na próxima vila, os rios estavam cheios e a estrada passava por baixo deles, os primeiros dois Badenes foram engraçados...   Depois ficou chato ter que reduzir para passar pela água.  A Rocinante está uma lama só!





Acima: Entrada para a mineria Gualcamayo. Esta mineria derramou 100.000 litros de compostos 
venenosos no Rio Huaco, tragédia parecida com a de Mariana em Minas Gerais. 
Só que a lamentável Sra. Kirschner protegeu a empresa e nada aconteceu para a mineradora 
depois do vazamento. A única consequencia foi que a população 
ficou uns 4 meses sem poder usar agua da torneira!!! 




Abaixo: Um Badén típico, com a estrada passando por baixo, sob a agua o piso é de pedras ou 
concreto sem lama. Os primeiros são divertidos!!! Mas logo a brincadeira de molhar os pés 
perde a graça e alguns deles foram perigosos.






Acima: É divertido não é???  Depois de passar por uns cinco ou seis destes a coisa perde a graça...


A reta absoluta com emoções inesperadas e sem nenhum animal segue até a vila de Guandacol. Ali ha um ótimo posto de gasolina, uma estátua de um herói local e um trevo. Não vi nenhuma casa...



Acima: Chegando em Guandacol, eram 14:50, 36°C.




















Em Guandacol  (alt.: 1.045m) a estrada vira 90 graus para leste e segue por mais um grande vale. A visão do vale com as altas montanhas no fundo é impressionante!  Dificil não ficar embasbacado pelas montanhas e prestar atenção na traiçoeira reta.  

Logo chego no vale onde fica Villa Unión, de onde ha a saída para o Paso Pircas Negras (vide 5 de maio de 2014 - Pasos Andinos). Este vale é formado pelo Rio Bermejo, que estava cheio! E adivinhe: a estrada passa por baixo do rio!!! Passar pelo Bermejo foi arriscado, o rio tinha muita água, correnteza forte e passei por ele em três pontos. 



Acima: O Rio Bermejo passa por cima da RN40, aqui o rio vem com volume e correnteza, mas é facil passar.
não parece, mas a agua passa com velocidade e o caminho afunda bastante.

Abaixo: Colossais e lindas formações!!!












































Saindo do vale se sobe a 1.300m, foram 35km em uma vastidão impressionante e com solo ainda mais desértico.

Após Villa Unión  eu passei por maravilhosas formações em rocha vermelha.




Acima e abaixo: a novíssima estrada - parte da RN40 - na cuesta de Miranda.




















A estrada segue pelo deserto arenoso,  subindo até um lugar chamado Puerto Alegre, (alt.: 1.460m)  e ingressa no último desafio do dia: cruzar as montanhas da Cuesta de Miranda.   A estrada sobe até 2.450m por um estreito e sinuoso caminho pavimentado. A partir dali o programa foi se embrenhar na Cuesta pelo novíssimo trecho da RN40, absolutamente impecável. A estradinha por aqui estava sem nenhuma reforma desde que foi inaugurada, em 1928!  Nos ultimos dois anos aconteceu ums reformatotal, com pavimentação e o resultado é europeu! 

Andei realmente devagar, eu tinha tempo de sobra.
A estrada sobe até 2.430m para  descer até 940m. Tenho que admitir que  o lugar é legal e passar por ali em rípio teria sido muito, mas muito chato!



Abaixo: A cuesta de Miranda desce para o vale de Nonogasta, ao fundo a Cuesta de Rioja (16:05 Alt.: 2.300m, 28°C)

Acima: Entrando em Nonogasta, de lá até Chilecito o céu se fechou, ficou abafado e a estrada de pista dupla é chata.

Na descida para Nonogasta comecei a ver o vale e a gigantesca Cuesta de La Rioja (uma pré cordilheira, sempre paralela ao bloco principal), Não imaginei que fosse tão grande e alta!   Linda a paisagem do vale com aquela Cuesta. A serra por onde eu estava passando é a parte sul do bloco que forma a grande Cuesta de Famantina, onde fica o pico General Belgrano (alt.: 6.097m) um pouco a norte.


Só uma pausa: General Manuel Belgrano (que apesar do título, não era militar) é um dos grandes heróis nacionais, derrotou os espanhóis na batalha de Salta. Desenhou e empunhou pela primeira vez a bandeira Argentina. Morreu cedo, de sífilis...


A estrada desce até o trevo da antiga estação de trem em N
onogasta,  para o sul a estrada leva de volta a Patquía. Ali  eu segui a RN40 para norte em direção ao grande conjunto de montanhas de Famantina. Foram 15km de pista dupla (feio, parecido com a via Dutra) nos quais eu andei muito devagar totalmente aborrecido porque o cerro Gen. Belgrano estava coberto por muitas nuvens...  pena.


Acima: Chegando em Nonogasta, ao fundo a monumental Cuesta de La Rioja, eu não esperava que aquela pré cordilheira fosse tão alta e tão impressionante!

Chilecito (Alt.: 1.087m, 33.000 hab.) fica no vale formado entre a Cuesta de Miranda e o Cordón de Velazco, a cidade está à sombra do pico mais alto da cuesta, o monte Gen. Belgrano (ou Cerro de Famatina) e é muito bonito vê-lo nevado ao lado da cidade!


Foi fácil encontrar meu hotel que fica fora da simpática e organizada cidade. Eu estava calmo, ligeiramente cansado por conta da noite mal dormida. A cobertura de nuvens deixou tudo abafado e sem a alegria de ver o topo da serra de Famantina.

Fiz o check inn na pousada minimalista eram 17:35, demorou segundos para descobrir que a internet não funcionava... Larguei as coisas sobre a cama e fui arrumar a  moto.




Abaixo: Fim do dia em Chilecito, foto tirada da Fundición Santa Florentina.Ao fundo a Cuesta de la Rioja.




















Saí do hotel eram 18:30 e fui visitar a grande atração local, um dos motivos da riqueza do lugar, riqueza de terminou em 1926...  







































Leia o Post de amanha, sobre o Cablecarril!!!




“One’s destination is never a


 place, but a

 new way of seeing things.” - Henry Miller



 Etapa de hoje:  373,8 km
Tempo andando: 05:56
Tempo total: 08:12

Distância acumulada: 2.777 km