sexta-feira, 17 de novembro de 2017

Vadiando em salta


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Hoje é dia de descanso e de preparar as coisas para os proximos dias... e para aproveitar esta linda cidade!

Roupas vão parar na lavanderia, malas re-arrumadas, cuidados na moto e muita caminhada.

Ontem eu, finalmente, experimentei um restaurante especial, dedicado à gastronomia tradicional salteña...  O lugar é lindo e não é caro, mas confesso que não gostei nada da comida!!! Tomei somente uma cerveja e fui comer em um lugar conhecido

O hotel fica ha umas  5 quadras da praça principal. Uma ótima e necessária caminhada. 

Fundamental a passagem pelo Museo de Arqueologia de  Alta Montaña, o ítem principal da exposição é trocado  a cada tres meses. Visite o site deste museu, eu absolutamente adoro este lugar !!!  Clique para MAAM - Museo Arq. Alta Montaña, embora o site diga muito pouco sobre a atração principal: tres múmias de crianças Incas!



Acima: As Mumias são mantidas a - 20 C, são tres,  duas meninas e um menino. Foram encontradas no topo do Vulcão Llullaillaco em 1999(alt. 6.739m, a sétima montanha mais alta dos Andes, hoje divide Chile de Argentina).

Ha oitocentos anos estes tres niños e seus sacerdotes caminharam por seis meses. Então foram enterradas como oferenda religiosa, junto de todos seus pertences e objetos religiosos. - Fotos MAAM


Abaixo: se tem a sensação de que elas vão acordar a qualquer momento! - Fotos MAAM
























Acima: Inacreditáveis as cores nos artefatos Incas!!!  - Fotos MAAM



Segundo previsão do tempo,  o dia deveria estar nublado, ameaçando alguma chuva em algum momento.  Mas o céu esta limpo e o sol arde!!!  Ideal para aprontar as coisas, pesquisar mais sobre os caminhos e gentilmente convencer a turma do hotel a ficar com minhas malas...

Acabei de deixar as malas laterais e a fantasia impermeável na concierge do hotel. O plano é voltar para cá daqui a quatro dias... ...Mas passar quatro dias dias onde? 

Bem, no noroeste Argentino, no canto formado pelas fronteiras com o Chile e a Bolívia, existe um pedaço ignorado do deserto altiplanico (que insistem em chamar de Atacama...). Uma região quase toda a 4.000m de altitude e que só tem um predicado: As poucas e valentes vilas que insistem em existir por ali.

Há poucas pessoas, os rios duram horas, há quase nada do que um turista normal se interessaria por ver. Só salares, alguns lagos tóxicos, montanhas de pedra nua e muita poeira, vento e frio. Ou seja, serão quatro dias perambulando pelo lugar mais inóspito e abandonado da Argentina. 

Sim, existe uma região mais agressiva, fria, alta e seca nos Andes, é a parte da cordilheira entre latitude da cidade de Mendoza e a latitude da cidade de San Rafael, (vide de 26 dezembro de 2010), naquela região eu só consigo passar pela RN7. Além da rodovia não há estradas ou trilhas que podem ser desbravadas por algo diferente de um cavalo.  Já que eu estou em Salta e proposta é ir a lugar nenhum, a região noroeste da Argentina é a essência do nada. Perfeita!!!


No final da tarde eu levo a moça até um posto de gasolina para uma boa revisão...  óleo, pneus, gasolina para amanha.

Devia ser uma 19:00 quando parei para alguma gasolina e completar o óleo do motor. A tampa do óleo nesta moto é complicada e precisa de uma ferramenta específica para abrir. Tirei a tampa, completei com coisa de meio litro de óleo (que trouxe do Brasil) e aguardei na fila do posto. Para resumir uma longa história eu perdi tanto a tampa como a ferramenta do oleo do motoer!!!

 O sol já estava se pondo quando passei na oficina de motos do Pablo,que fica no quarteirão, atraz do hotel. Mostrei o problema para ele, ele ligou para vários amigos e até se esforçou. Arrumamos um torneiro para fazer a peça, o torneiro não tinha nenhuma boa vontade .

O caso era serio e eu não tinha  nenhuma opção tecnicamente viável.  Deixei a moto no hotel e decidi arrumar uma rolha (isto mesmo, de garrafa de vinho). Señor Antonio, que como vimos produz vinhos, me deu uma coleção de rolhas das mais variadas.  Fui até a loja de artezanato da peituda Maria Leonor, lá haviam vários frascos de essências,  sais de banho e outras coisas estranhas, todos tampados com rolhas, mas nenhuma tão larga. Ela fic ou de me levar a um fabricante de rolhas na manha seguinte. Ou seja a solução “rolha da riponga “ estava encaminhada.


Passei por  uma loja que conserta aparelhos eletrônicos, quase na frente do hotel. Vi pelo balcão uns botões para rádios. Sim, tipo aquele botão de volume ou sintonia no rádio das nossas avós. Tive uma ideia!  Comprei alguns daqueles botões nas medidas mais variadas e fui até a moto. Envolvi o maior deles em silver tape e a coisa serviu muito bem, com a fita se encaixando com a rosca do bocal.

Fiz uma fixação extra com fita hellerman e cobri tudo com silver tape, com cuidado para isolar o bocal da poeira. Eram por volta das 22:00 quando entrei no chuveiro, exausto mas aliviado com a solução deste problema. Só para constar, esta gambiarra funcionou muito bem e durou até abril de 2018!!!







 Acima: La linda Salta e seus arredores, Os pontos amarelo são por onde passamos em março. Para se entender o que eu vim fazer por aqui, é fundamental entender o mapa da região.




Andança pela cidade:  18,9
Tempo andando: 00:51

Distância acumulada: 2.635 km
















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