quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Em busca do El Dorado...




Enquanto eu espero o torneiro terminar uma peça de alumínio de R$ 10,00, resolvi ir adiantando alguns assuntos...

Quando me perguntavam " o que você vai fazer lá?" eu respondia: Fugir do programa do Fausto Silva!  Mas a vocês, fiés seguidores deste blog, eu devo uma resposta melhor.



Representação do rei Zipa em sua barca, navegando pelo lago Parime.  Museu do Ouro na Colombia


























Em algum lugar beeeem a Oeste de onde estou, por cima de umas montanhas  beeeem altas, em umm lugar beeem escondido, existe uma cidade chamada Manoa, à beira de um lago chamado Parime.

Parime é a capital de uma província riquíssima em ouro e uma vez por ano, seu rei, Zipa,  tem seu corpo coberto de ouro em pó, entra no lago e se banha, acumulando todo o ouro no fundo do lago, isto vem se repetindo desde os primórdios da civilização.



Ao longo do tempo a lenda foi beeeem aumentada, beeeem exagerada, beeeem modificada...  mas esta é, resumidamente, a lenda do El Dorado


Esta história fantástica começa a tomar corpo a partir de 1514 quando um índio Muísca (os Muíscas se intitulavam descendestes de Zipa) foi a San Francisco de Quito (atual Equador) pedir ajuda aos espanhóis para a guerra que seu povo travava contra outra tribo. Em troca, o indio levaria os Espanhois (totalmente obcecados por ouro) até o fantástico lago Parime.


Os índios Muísca se esforçaram em enganar os espanhóis!!!  Mostraram o lago Guatavita ( Colombia, norte de Bogotá) como sendo o verdadeiro Parime!!!   Ha relatos de muitos espanhois nadando aqui em busca de ouro...,  Foto site TravelBlog





















Para colocar mais tempero na história, Ainda existe a lenda do saque à Cuzco. O conquistador Francisco Pizzaro saqueou todo o império Inca, derreteu tudo o que encontrou e encaminhou de volta à espanha. No entanto, reza a lenda de que os Incas tiveram meses de preparaçaõ antes da chegada  de Pizarro à Cuzco e então esconderam seus tesouros (objetos de ouro e mumias de seus Reis, como por exemplo a múmia dHuayna Capac) em tuneis pela floresta.  Quando Pizarro chegou, alguns locais disseram não encontrar certos objetos e os espanhois não encontraram muitas coisas que eles haviam visto antes!  Então o espanhol se pôs a procurá-los. A coisa toda nunca foi encontrada e mais uma vez o tesouro perdido dos Incas se somou à lenda. 

Desde então, esta lenda tomou vários formatos, dependendo da região e dos gananciosos exploradores portugueses, espanhóis, ingleses, dos bandeirantes e da turma da serra pelada. 

Mas a essência sempre foi a mesma: em algum lugar nestas montanhas existe mais riqueza do que você almeja! 

Leia sobre as peripécias do fanático Francisco Pizarro e dos asceclas que o seguiam. Há ainda o Major Fawcett, Borba Gato, Eike Batista e outros.... Que trazem a noção da capacidade de mover e destruir que o El Dorado possui!!!

Eu também vim (varias veses) para estes cantos atrás do meu El Dorado. Embora eu tenha certeza de que o que é ouro não brilha e  nem todos que vagam por aí estão sem rumo... 



“All that is gold does not glitter,


Not all those who wander are lost"

J.R. Tolkien, The fellowship of the ring.




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